terça-feira, março 28, 2006
segunda-feira, março 27, 2006
O homem dodói
Ao homem dodói não dói o pâncreas nem qualquer osso do ilíaco. Não pergunte o mal que lhe aflige pois ele sequer sabe, não acreditaria, tão saudável, que acabou de ser catalogado entre os representantes desta nova espécie amorosa pela última namorada que não agüentou. Ela bateu a porta, jogou fora a chave e veio me relatar que havia mais um dodói solto machucando o coração das incautas. O dodói é o vilão passivo. Não bate na cara, não seqüela a pobre coitada, não maldiz aos palavrões o momento desgraçado em que tomou uma a mais, lixou-se para os cacófatos e carregou a vagabunda para a cama. É um sujeito bonzinho até, mas por omisso, eterna adolescência no jeito de tratar com as questões do amor, ele machuca mais que um kadu desses que andam espancando suas apaixonadas nos consultórios sentimentais dos jornais. O homem dodói, se você urge que a ficha caia rápido, é um deprimido que não sabe se quer, está em dúvida se cai dentro matando a pau, se joga tudo para o ar e muda a vida d e prumo para encarar, vento batendo de frente, uma nova relação. Foge da raia, mas não necessariamente diz. Não necessariamente trai, não necessariamente quer ir embora, não necessariamente faz questão de se fazer necessário. Se ele fosse um sinal gráfico de pontuação, seria uma linha com pontinhos de reticências. A doença, o tal dodói, lhe encaixa mais chocante porque pode ser até um sujeito bem resolvido profissionalmente. Tem o nome nos muros da cidade, na lista dos mais vendidos, uma postura agressiva no mercado de ações frias em que opera. Um sucesso no público, um fracasso no apartamento. Não cresceu. Como não dá qualquer sinal de que crescerá, tenha cuidado ao escrever sobre a figura. Homem dodói, com agá maiúsculo, mesmo no início da frase, não existe. Ele é minúsculo. Mixuruca. Antônio Maria, o mais eloqüente dos cantores das nossas desconexões amorosas, tinha uma cardiopatia conhecida como coração inchado. Morreu disso, graças a Deus viveu disso também e deixou textos magní ficos sobre os que decidem ir com tudo no cassino afetivo. “Quem seria capaz de abrir o peito e mostrar a ferida?”, escreveu certa vez no jornal, ele mesmo destroçado pela exibição da dor que lhe corroia a alma. O dodói está fora de uma cena dessas. Não rasga o peito, não põe fogo às vestes nem rola seu despudor franco pela ribanceira. Tem medo, entre outros, de morrer enfartado, abandonado por alguma mulher, três e quinze, na madrugada de uma calçada de Copacabana. Não é o homem acabado pela dor filha-da-mãe da angústia profunda de uma saudade. Não arrasta qualquer melancolia que o faça arrancar com cera quente os pêlos grudados nas bordas do coração. Nada disso. Ele é dodói apenas. O eterno garoto que esfrega mertiolate nas perebas de sua incapacidade de se relacionar, que joga pó de sulfa no furúnculo de sua falta de vontade em finalmente crescer e dizer estou dentro, vamos nessa. Juntos. O dodói trata com mercurocromo a depressão. Acha que basta. Depois assopra e se diz, baixinho , “passou, passou”. Contra os males da covardia, balas de permanganato. Já tem mais de 30 anos, barba na cara, grana no bolso. Ao contrário dos adolescentes acima dos 25 que não desgrudam da casa dos pais, o dodói saiu de casa mas não deixa que saia dele a casinha-lego onde trancou os sentimentos. Pode até escrever profissionalmente para jornais e publicidade, mas não consegue redigir uma linha da carta de compromissos que o consolidará namorado, marido, amante, ou o mais que seja de aposta na vida dela. Aplica todos os verbos no tempo do talvez, na conjugação do quem sabe. Por mais carioca que esteja, não teme a bala perdida, nem ser atropelado por uma bicicleta na calçada. O dodói escorregadio foge é do pé na bunda, esse aprendizado fundamental na vida de qualquer macho, o momento decisivo em que os homens se separam dos meninos — ou não. Ele não sacode, não sai de cima, não tem ciúme, não tem vontade de jogar um copo de cerveja quente na cara da traíra fria, não disputa o amor imp ossível, não sente falta de ar na presença de ninguém, e se você pergunta por uma decisão, ele responde que, bem, desculpa, está confuso. O dodói pede desculpas à mulher o tempo todo. Não foi por mal, não foi por bem, e jura que a quer feliz, só não pode, desculpa, ajudar. É o homem estragado pela insustentável leveza de ser dos romances modernos. Dodói não lê Tolstói, por profundo demais. Só quer das rimas as que não estejam em “El dia que me quieras”. Nada de versos sobre paixões arrebatadas em que o amor viril de um homem por uma mulher possa soar como aventura e trazer conseqüências fora de controle. Quer distância das cicatrizes, das navalhadas, das cartas anônimas, das loucas passionais, do telefone tocando mudo na madrugada, do coração aos pulos, do formicida com guaraná ou de qualquer um desses boleros fora do hype da voga cool Os riscos do amor estão por fora da nova ordem mundial — e o dodói pede desculpas por ser tão frágil. Promete deixar a sua vítima em paz, mas de vez em quando aparece e ronda a infeliz. Por nada. Só quer ver como anda o dodói que provoca na alma alheia.
Joaquim Ferreira dos Santos para O Globo de hoje.
PS: Pelo menos deste mal eu não sofro!!!!
Ao homem dodói não dói o pâncreas nem qualquer osso do ilíaco. Não pergunte o mal que lhe aflige pois ele sequer sabe, não acreditaria, tão saudável, que acabou de ser catalogado entre os representantes desta nova espécie amorosa pela última namorada que não agüentou. Ela bateu a porta, jogou fora a chave e veio me relatar que havia mais um dodói solto machucando o coração das incautas. O dodói é o vilão passivo. Não bate na cara, não seqüela a pobre coitada, não maldiz aos palavrões o momento desgraçado em que tomou uma a mais, lixou-se para os cacófatos e carregou a vagabunda para a cama. É um sujeito bonzinho até, mas por omisso, eterna adolescência no jeito de tratar com as questões do amor, ele machuca mais que um kadu desses que andam espancando suas apaixonadas nos consultórios sentimentais dos jornais. O homem dodói, se você urge que a ficha caia rápido, é um deprimido que não sabe se quer, está em dúvida se cai dentro matando a pau, se joga tudo para o ar e muda a vida d e prumo para encarar, vento batendo de frente, uma nova relação. Foge da raia, mas não necessariamente diz. Não necessariamente trai, não necessariamente quer ir embora, não necessariamente faz questão de se fazer necessário. Se ele fosse um sinal gráfico de pontuação, seria uma linha com pontinhos de reticências. A doença, o tal dodói, lhe encaixa mais chocante porque pode ser até um sujeito bem resolvido profissionalmente. Tem o nome nos muros da cidade, na lista dos mais vendidos, uma postura agressiva no mercado de ações frias em que opera. Um sucesso no público, um fracasso no apartamento. Não cresceu. Como não dá qualquer sinal de que crescerá, tenha cuidado ao escrever sobre a figura. Homem dodói, com agá maiúsculo, mesmo no início da frase, não existe. Ele é minúsculo. Mixuruca. Antônio Maria, o mais eloqüente dos cantores das nossas desconexões amorosas, tinha uma cardiopatia conhecida como coração inchado. Morreu disso, graças a Deus viveu disso também e deixou textos magní ficos sobre os que decidem ir com tudo no cassino afetivo. “Quem seria capaz de abrir o peito e mostrar a ferida?”, escreveu certa vez no jornal, ele mesmo destroçado pela exibição da dor que lhe corroia a alma. O dodói está fora de uma cena dessas. Não rasga o peito, não põe fogo às vestes nem rola seu despudor franco pela ribanceira. Tem medo, entre outros, de morrer enfartado, abandonado por alguma mulher, três e quinze, na madrugada de uma calçada de Copacabana. Não é o homem acabado pela dor filha-da-mãe da angústia profunda de uma saudade. Não arrasta qualquer melancolia que o faça arrancar com cera quente os pêlos grudados nas bordas do coração. Nada disso. Ele é dodói apenas. O eterno garoto que esfrega mertiolate nas perebas de sua incapacidade de se relacionar, que joga pó de sulfa no furúnculo de sua falta de vontade em finalmente crescer e dizer estou dentro, vamos nessa. Juntos. O dodói trata com mercurocromo a depressão. Acha que basta. Depois assopra e se diz, baixinho , “passou, passou”. Contra os males da covardia, balas de permanganato. Já tem mais de 30 anos, barba na cara, grana no bolso. Ao contrário dos adolescentes acima dos 25 que não desgrudam da casa dos pais, o dodói saiu de casa mas não deixa que saia dele a casinha-lego onde trancou os sentimentos. Pode até escrever profissionalmente para jornais e publicidade, mas não consegue redigir uma linha da carta de compromissos que o consolidará namorado, marido, amante, ou o mais que seja de aposta na vida dela. Aplica todos os verbos no tempo do talvez, na conjugação do quem sabe. Por mais carioca que esteja, não teme a bala perdida, nem ser atropelado por uma bicicleta na calçada. O dodói escorregadio foge é do pé na bunda, esse aprendizado fundamental na vida de qualquer macho, o momento decisivo em que os homens se separam dos meninos — ou não. Ele não sacode, não sai de cima, não tem ciúme, não tem vontade de jogar um copo de cerveja quente na cara da traíra fria, não disputa o amor imp ossível, não sente falta de ar na presença de ninguém, e se você pergunta por uma decisão, ele responde que, bem, desculpa, está confuso. O dodói pede desculpas à mulher o tempo todo. Não foi por mal, não foi por bem, e jura que a quer feliz, só não pode, desculpa, ajudar. É o homem estragado pela insustentável leveza de ser dos romances modernos. Dodói não lê Tolstói, por profundo demais. Só quer das rimas as que não estejam em “El dia que me quieras”. Nada de versos sobre paixões arrebatadas em que o amor viril de um homem por uma mulher possa soar como aventura e trazer conseqüências fora de controle. Quer distância das cicatrizes, das navalhadas, das cartas anônimas, das loucas passionais, do telefone tocando mudo na madrugada, do coração aos pulos, do formicida com guaraná ou de qualquer um desses boleros fora do hype da voga cool Os riscos do amor estão por fora da nova ordem mundial — e o dodói pede desculpas por ser tão frágil. Promete deixar a sua vítima em paz, mas de vez em quando aparece e ronda a infeliz. Por nada. Só quer ver como anda o dodói que provoca na alma alheia.
Joaquim Ferreira dos Santos para O Globo de hoje.
PS: Pelo menos deste mal eu não sofro!!!!
Não entrando no mérito dos erros de Palocci, mas é impressionante a capacidade de Lula e sua trupe de chutar cachorro morto. Não bastava demiti-lo. Tinham que escorraçá-lo. Só assim parece que o Apedeuta não tem nada a ver com os usos e abusos deste governinho.
a dualidade do momento é impossível de ser expressada senão com um palavrão de raiva e um grito de alegria!
A DANÇA DA BRUXA
OBrasil é chato. Seus ricos são burros, cúpidos e aborrecidos. O povo não é melhor. Há exceções aqui e ali. E daí? Democracia é o regime da média. A alternativa, como disse aquele, é bem pior. A deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), a Madame Mim das instituições, fazendo a Dança do Mensalão, é um emblema antropológico. O horror, o horror! Chegamos ao coração das trevas.
E nem falo isso do alto da experiência de quem viveu em outros países ou gostasse de fazê-lo. Nunca morei fora. Aonde eu fosse, como Sêneca, levaria o espírito. O céu que me cobre é irrelevante. O que não me impede de ter um juízo absoluto. A culpa não é dos outros, é nossa. Gostam de malhar os portugueses, a herança ibérica. Os mais requintados recorrem a “Os donos do poder”, de Raymundo Faoro. Bobagem. O trabalho é erudito, há passagens brilhantes, mas a tese sobre o Brasil é furada — vale pelo estudo sobre a formação do Estado nacional português. Exerce, com sofisticação, o velho e conhecido vitimismo. Impossível não concluir que somos só uma realidade derivada, tão inimputáveis quanto os nhambiquaras. É mentira.
A culpa é dos ditos oprimidos também. Ou será que alguém ignora, por exemplo, as lambanças do PT? Contam-se nos dedos os que não conhecem, a esta altura, as venturas e desventuras de Lula, Delúbio e Valério. Os “homens do povo” podem não acompanhar as histórias no detalhe, mas sabem o essencial, conhecem a roubalheira. E, ainda assim, dizem por ora as pesquisas, querem mais do mesmo. Se chegassem, de fato, ao poder, fariam a mesma coisa. Talvez pior. Porque carregariam para o topo o ódio subalterno. A genealogia da moral explica. A corte de Stalin fala por si. Pelegos como Lula, Luiz Marinho, Berzoini e cúmplices talvez sejam danos menores que o perigo...
A sociologia tenta entender como se forma o caráter dos povos, atribuindo grande peso à formação cultural, até se afunilar na antropologia, que a toma como valor absoluto. Não chega a lugar nenhum. O culturalismo é um chute. O único instrumento que civiliza um país e o faz avançar é o cumprimento das leis e sua severa execução. A impunidade destrói qualquer chance de futuro. Se a lei é cumprida, do topo à base da pirâmide, entra-se numa espiral positiva de direitos e deveres. Se não é, dá nisso que estamos vendo cotidianamente. Madame Mim faz a Dança do Mensalão, e o pai de família honrado suborna o guarda na frente do filho. Se ele não o fizer, outro o fará. O guarda espera o suborno.
Não sou apocalíptico. Só pessimista. É que hoje decidi dar um pé no traseiro do idiota hegeliano que habita em mim. Há algo de doente em toda aposta no futuro. Vejam lá os mensaleiros se absolvendo uns aos outros. Coisa degradante, articulada entre o cálculo desse e daquele partido, tramada no escurinho dos corredores, no minueto que junta, muitas vezes, governistas e oposicionistas numa verdadeira conspiração contra a vergonha na cara.
Dentre outras milhares de coisas, o que me distingue da esquerda? A certeza de que o “povo” não é melhor do que isso. Tanto não é que, por enquanto, a maioria vota é no Apedeuta. “Ah, eles são comprados pelo Bolsa-qualquer-coisa, coitadinhos!” Se eu lhes conceder essa desculpa, terei de optar pela saída leninista: passar fogo na tigrada! Faria como Stalin quando quis quebrar a espinha dos camponeses.
O país merece o PT. Nunca tivemos um Judiciário como este; nunca tivemos um Executivo como este; nunca tivemos um Legislativo como este. Nunca tivemos um “povo” como este. Em vez dos varões de Plutarco, os anões morais das pequenas e grandes trocas. Não há projeto. Em lugar nenhum. A idéia assusta um pouco os meus amigos liberais. Alguns a confundem com um viés intervencionista, estatista, sei lá eu. É preciso ter um projeto, inclusive para que o Estado seja menor e nos deixe em paz. Mas quê... O tal “povo” é subornado e não liga. Os liberais estão muito felizes, agora que o “risco” já passou. Que bom! Então podemos continuar assim, neste ciclo que Mailson da Nóbrega considera “virtuoso”...
Pessimismo, teu nome é honestidade.
Reinaldo Azevedo, Sábado, 25/03/06, O Globo
OBrasil é chato. Seus ricos são burros, cúpidos e aborrecidos. O povo não é melhor. Há exceções aqui e ali. E daí? Democracia é o regime da média. A alternativa, como disse aquele, é bem pior. A deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), a Madame Mim das instituições, fazendo a Dança do Mensalão, é um emblema antropológico. O horror, o horror! Chegamos ao coração das trevas.
E nem falo isso do alto da experiência de quem viveu em outros países ou gostasse de fazê-lo. Nunca morei fora. Aonde eu fosse, como Sêneca, levaria o espírito. O céu que me cobre é irrelevante. O que não me impede de ter um juízo absoluto. A culpa não é dos outros, é nossa. Gostam de malhar os portugueses, a herança ibérica. Os mais requintados recorrem a “Os donos do poder”, de Raymundo Faoro. Bobagem. O trabalho é erudito, há passagens brilhantes, mas a tese sobre o Brasil é furada — vale pelo estudo sobre a formação do Estado nacional português. Exerce, com sofisticação, o velho e conhecido vitimismo. Impossível não concluir que somos só uma realidade derivada, tão inimputáveis quanto os nhambiquaras. É mentira.
A culpa é dos ditos oprimidos também. Ou será que alguém ignora, por exemplo, as lambanças do PT? Contam-se nos dedos os que não conhecem, a esta altura, as venturas e desventuras de Lula, Delúbio e Valério. Os “homens do povo” podem não acompanhar as histórias no detalhe, mas sabem o essencial, conhecem a roubalheira. E, ainda assim, dizem por ora as pesquisas, querem mais do mesmo. Se chegassem, de fato, ao poder, fariam a mesma coisa. Talvez pior. Porque carregariam para o topo o ódio subalterno. A genealogia da moral explica. A corte de Stalin fala por si. Pelegos como Lula, Luiz Marinho, Berzoini e cúmplices talvez sejam danos menores que o perigo...
A sociologia tenta entender como se forma o caráter dos povos, atribuindo grande peso à formação cultural, até se afunilar na antropologia, que a toma como valor absoluto. Não chega a lugar nenhum. O culturalismo é um chute. O único instrumento que civiliza um país e o faz avançar é o cumprimento das leis e sua severa execução. A impunidade destrói qualquer chance de futuro. Se a lei é cumprida, do topo à base da pirâmide, entra-se numa espiral positiva de direitos e deveres. Se não é, dá nisso que estamos vendo cotidianamente. Madame Mim faz a Dança do Mensalão, e o pai de família honrado suborna o guarda na frente do filho. Se ele não o fizer, outro o fará. O guarda espera o suborno.
Não sou apocalíptico. Só pessimista. É que hoje decidi dar um pé no traseiro do idiota hegeliano que habita em mim. Há algo de doente em toda aposta no futuro. Vejam lá os mensaleiros se absolvendo uns aos outros. Coisa degradante, articulada entre o cálculo desse e daquele partido, tramada no escurinho dos corredores, no minueto que junta, muitas vezes, governistas e oposicionistas numa verdadeira conspiração contra a vergonha na cara.
Dentre outras milhares de coisas, o que me distingue da esquerda? A certeza de que o “povo” não é melhor do que isso. Tanto não é que, por enquanto, a maioria vota é no Apedeuta. “Ah, eles são comprados pelo Bolsa-qualquer-coisa, coitadinhos!” Se eu lhes conceder essa desculpa, terei de optar pela saída leninista: passar fogo na tigrada! Faria como Stalin quando quis quebrar a espinha dos camponeses.
O país merece o PT. Nunca tivemos um Judiciário como este; nunca tivemos um Executivo como este; nunca tivemos um Legislativo como este. Nunca tivemos um “povo” como este. Em vez dos varões de Plutarco, os anões morais das pequenas e grandes trocas. Não há projeto. Em lugar nenhum. A idéia assusta um pouco os meus amigos liberais. Alguns a confundem com um viés intervencionista, estatista, sei lá eu. É preciso ter um projeto, inclusive para que o Estado seja menor e nos deixe em paz. Mas quê... O tal “povo” é subornado e não liga. Os liberais estão muito felizes, agora que o “risco” já passou. Que bom! Então podemos continuar assim, neste ciclo que Mailson da Nóbrega considera “virtuoso”...
Pessimismo, teu nome é honestidade.
Reinaldo Azevedo, Sábado, 25/03/06, O Globo
domingo, março 26, 2006
quinta-feira, março 23, 2006
sumiu.
sumiu??
ou será que fui eu
que não procurei
sumi.
sumi??
ou será que você
que não quis me sentir
que distância é essa
que está entre nós
não deixando te ver
nem se eu insistir
porque será que acontece
amantes tão bons
sem saber o motivo
deixam tudo se esvair
dependentes da sorte
coincidências ou afins
vou levando daqui
sem saudades de ti
sumiu??
ou será que fui eu
que não procurei
sumi.
sumi??
ou será que você
que não quis me sentir
que distância é essa
que está entre nós
não deixando te ver
nem se eu insistir
porque será que acontece
amantes tão bons
sem saber o motivo
deixam tudo se esvair
dependentes da sorte
coincidências ou afins
vou levando daqui
sem saudades de ti
terça-feira, março 21, 2006
a voz que de longe se fazia ouvir, em tom que das formas e jeito meigo da dona, destoava, como se a perfeição quisesse evitar, mas que servia mais para encantar. Esganiçada, desafinada até no falar, voz que marcava como nada o coração do moço a amar.
com a intimidade comum
aos amantes de longa data,
em uma proximidade física
que parecia mais afastar,
em meio à silenciosa tensão
de quem quer falar
dizer que gosta
mesmo nas horas como agora
que só servem para angustiar
as oportunidades perdidas
que já são muitas
excitação por medo
de tudo estragar
ou no fundo pânico
de ao amor se entregar
aos amantes de longa data,
em uma proximidade física
que parecia mais afastar,
em meio à silenciosa tensão
de quem quer falar
dizer que gosta
mesmo nas horas como agora
que só servem para angustiar
as oportunidades perdidas
que já são muitas
excitação por medo
de tudo estragar
ou no fundo pânico
de ao amor se entregar
segunda-feira, março 20, 2006
domingo, março 19, 2006
A despretenciosidade de você. A simplicidade de seu ser. Coisa mais linda de se ver. Absolutamente tudo que eu quero ter.
Seu rosto que eu vi chorar. Aflição que eu ajudei a passar. Discurso de quem tem medo. Vida com lindo enredo.
Meu dia, que começa quando o dia que não é meu acaba, se inicia com um expresso duplo, para tentar dissipar o cansaço pelo cedo acordar. Algumas páginas de texto, ainda mais incompreensíveis no tardar da hora. Desistindo do livro, decido tomar o longo caminho de casa, que traz o sono bom, apesar de rápido para um bom sono. No lento abrir de meus olhos, a cidade que passa pela janela não é mais que um borrão, em cores que se misturam a mais de 100Km/h. Tocando só para mim, a linda trilha sonora que escolhi na véspera. E os versos das músicas passam despercebidos, suplantados pelas harmonias dos belos sons das melodias. A imagem pela janela, já recomposta pelo meu despertar, substitui qualquer palavra. Cenários indescritíveis, sendo a música a única capaz de traduzir com a mesma intensidade do olhar. Rio de Janeiro, beleza de desatinar.
Meu amor não precisa a todo tempo ver, estar grudado. Meu amor se contenta com minha presença na sala, sabendo que dormes no quarto ao lado.
O seu abraço, entre tantos abraços. Em meio aos muitos sorrisos, o seu sorriso, com aquela leve mordida na ponta da língua, o singelo pronunciar de seu queixo, em movimentos coordenados, acompanhados do leve cerrar de seus olhos. Estes, cuja cor nunca reparei, tão mais marcantes são suas formas, não se definindo entre arredondado e esticado, numa clara miscigenação de povos e traços. Seus cabelos lisos e longos, que emanam o cheiro que, para os que não te conhecem como eu, é o seu cheiro, mas que não passa de lavanda. Sua boca, o sorriso sincero na essência. Suas curvas, tão harmoniosas que até o que em outra qualquer seria feio, em ti é perfeito. Mas acima de tudo, sua presença, simplesmente por eliminar o outro cenário possível: sua ausência.
terça-feira, março 14, 2006
Em meio ao lamaçal, eis que surge a esperança: Geraldo Alckmin candidado oficial à Presidência pelo PSDB.
segunda-feira, março 13, 2006
E o nobre deputado mensaleiro Jose Janene está prestes a fazer um acordo para ser aposentado por problema médico e evitar assim sua cassação, estratégia que já contaria com a aprovação do pseudo careta e neo safado Aldo Rebelo.
domingo, março 12, 2006
'pending' light
drinking nights
your absence hurts
i miss you much
since it all has started
i've already knew
the huge mess
my life would became
for many reasons
and only you to blame
as hard as i could
i tried to say
altough i know
my work is done
i keep on feeling
my future is gone
drinking nights
your absence hurts
i miss you much
since it all has started
i've already knew
the huge mess
my life would became
for many reasons
and only you to blame
as hard as i could
i tried to say
altough i know
my work is done
i keep on feeling
my future is gone
sábado, março 11, 2006
A terra sem lei de Lula
REINALDO AZEVEDO
O lugar de João Pedro Stédile, o líder de um movimento fantasma chamado MST, é a cadeia. Em vez disso, recebe verba do governo para promover o terrorismo e a chantagem. Ele fez a apologia escancarada do crime ao endossar a invasão do laboratório da Aracruz. Endossar? O movimento organizou o assalto e contou com a ajuda oficial. O Incra pagou os ônibus e mobilizou a polícia para que eles não fossem interceptados na estrada. A subversão da ordem, o esbulho constitucional e a transgressão de uma penca de leis contam com um general de peso — e não é Miguel Rossetto, o ministro da Reforma Agrária, um empregado moral de Stédile. Refiro-me a Luiz Inácio Lula da Silva. O apedeuta já envergou mais de uma vez o uniforme da guerrilha stediliana: o boné do MST.
O que vemos aí é um sintoma. O governo Lula pode degenerar em bagunça num estalar de dedos. O banditismo do MST e a ação do Exército no Rio são faces distintas do mesmo problema. Não que as Forças Armadas não devam agir em favor da ordem pública. É constitucional. A ação lhes é facultada pelo artigo 142 da Carta. Ocorre que, até que pobres e pretos estavam se matando e sendo mortos, todos reféns do narcotráfico, Lula e seu ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, achavam tudo normal. O assalto a um quartel lhes parece um pouco demais. E o governo decidiu mostrar que há dois entes capazes de usar a força para se impor: as Forças Armadas e o narcotráfico. Dado o contexto, igualam-se como litigantes. É uma tragédia. A área de Inteligência do crime deveria entregar logo os brinquedinhos roubados. A soldadesca desceria, e a “economia de mercado” local poderia voltar a funcionar.
De onde nasce o poder dessa gente? Do não-cumprimento da lei. E quem promove o esbulho legal? O governo. No caso do crime organizado, as Forças Armadas deveriam ter sido convocadas antes. Não para bater em pobre. Mas para arriar a bandeira do tráfico e hastear a Nacional. É uma guerra por território. No caso do MST, o governo não cumpre a medida provisória antiinvasão e repassa a maior parte dos recursos destinados ao setor a uma entidade que nem mesmo tem existência jurídica — que, enfim, não precisa prestar contas a ninguém. O resultado: Lula assenta menos gente do que FHC, com muito mais mortes. O MST, no entanto, nunca esteve tão forte.
E quem comanda essa justiça bastarda? O ministro... da Justiça! Foi ele quem, certa feita, comentando a não-aplicação da MP contra as invasões, pregou o que chamou de “acomodação tática” da Constituição. É o mesmo que, agora, diante da flagrante tentativa do Congresso de fraudar a Constituição para derrubar a verticalização, chamou a exigência contida na Carta (é proibido mudar a regra eleitoral menos de um ano antes do pleito) de “fetiche”. Ou seja, para o homem do Executivo encarregado de fazer valer o código legal, o que nele vai escrito não vale. Vi dia desses Bastos na Praia de Iporanga, um condomínio exclusivíssimo no Guarujá, onde tem uma mansão. Caminhava. Parecia um pavão. À sua volta, abria-se uma espécie de campo de força, vedado mesmo aos muito endinheirados do local. Lá ia o Licurgo do Estado operário, com seu nariz inteligente. Já tinha tomado a minha dose diária de Omeprazol. Ainda bem.
Não existe sociedade organizada que não respeite contratos. O maior de todos eles, nas democracias, é a Constituição. Sob certas circunstâncias, estamos vendo, Lula e seus homens podem perfeitamente atropelá-la. Marco Aurélio Garcia, diga-se, nos documentos que redige para o PT, sugere que esse desrespeito vá além e chegue à economia, especialmente à área financeira. Os nossos “liberais” de fachada, reduzidos à expressão intelectual mínima de uma mesa de operação do mercado, lucraram bastante com um Lula que não cumpre o que promete. Num eventual segundo mandato, talvez mereçam ter um pouco de prejuízo. E, quem sabe?, larguem mão de ser tão cúpidos quanto idiotas. Chegou a hora de Stédile ser corajoso e arrombar a porta de um banco. Invadir o laboratório da Aracruz é para covardes, companheiro!
No Globo de hoje. Globo este que continua não assumindo Reinaldo como colunista. Talvez por ideologia. Linha editorial. Ou medo.
REINALDO AZEVEDO
O lugar de João Pedro Stédile, o líder de um movimento fantasma chamado MST, é a cadeia. Em vez disso, recebe verba do governo para promover o terrorismo e a chantagem. Ele fez a apologia escancarada do crime ao endossar a invasão do laboratório da Aracruz. Endossar? O movimento organizou o assalto e contou com a ajuda oficial. O Incra pagou os ônibus e mobilizou a polícia para que eles não fossem interceptados na estrada. A subversão da ordem, o esbulho constitucional e a transgressão de uma penca de leis contam com um general de peso — e não é Miguel Rossetto, o ministro da Reforma Agrária, um empregado moral de Stédile. Refiro-me a Luiz Inácio Lula da Silva. O apedeuta já envergou mais de uma vez o uniforme da guerrilha stediliana: o boné do MST.
O que vemos aí é um sintoma. O governo Lula pode degenerar em bagunça num estalar de dedos. O banditismo do MST e a ação do Exército no Rio são faces distintas do mesmo problema. Não que as Forças Armadas não devam agir em favor da ordem pública. É constitucional. A ação lhes é facultada pelo artigo 142 da Carta. Ocorre que, até que pobres e pretos estavam se matando e sendo mortos, todos reféns do narcotráfico, Lula e seu ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, achavam tudo normal. O assalto a um quartel lhes parece um pouco demais. E o governo decidiu mostrar que há dois entes capazes de usar a força para se impor: as Forças Armadas e o narcotráfico. Dado o contexto, igualam-se como litigantes. É uma tragédia. A área de Inteligência do crime deveria entregar logo os brinquedinhos roubados. A soldadesca desceria, e a “economia de mercado” local poderia voltar a funcionar.
De onde nasce o poder dessa gente? Do não-cumprimento da lei. E quem promove o esbulho legal? O governo. No caso do crime organizado, as Forças Armadas deveriam ter sido convocadas antes. Não para bater em pobre. Mas para arriar a bandeira do tráfico e hastear a Nacional. É uma guerra por território. No caso do MST, o governo não cumpre a medida provisória antiinvasão e repassa a maior parte dos recursos destinados ao setor a uma entidade que nem mesmo tem existência jurídica — que, enfim, não precisa prestar contas a ninguém. O resultado: Lula assenta menos gente do que FHC, com muito mais mortes. O MST, no entanto, nunca esteve tão forte.
E quem comanda essa justiça bastarda? O ministro... da Justiça! Foi ele quem, certa feita, comentando a não-aplicação da MP contra as invasões, pregou o que chamou de “acomodação tática” da Constituição. É o mesmo que, agora, diante da flagrante tentativa do Congresso de fraudar a Constituição para derrubar a verticalização, chamou a exigência contida na Carta (é proibido mudar a regra eleitoral menos de um ano antes do pleito) de “fetiche”. Ou seja, para o homem do Executivo encarregado de fazer valer o código legal, o que nele vai escrito não vale. Vi dia desses Bastos na Praia de Iporanga, um condomínio exclusivíssimo no Guarujá, onde tem uma mansão. Caminhava. Parecia um pavão. À sua volta, abria-se uma espécie de campo de força, vedado mesmo aos muito endinheirados do local. Lá ia o Licurgo do Estado operário, com seu nariz inteligente. Já tinha tomado a minha dose diária de Omeprazol. Ainda bem.
Não existe sociedade organizada que não respeite contratos. O maior de todos eles, nas democracias, é a Constituição. Sob certas circunstâncias, estamos vendo, Lula e seus homens podem perfeitamente atropelá-la. Marco Aurélio Garcia, diga-se, nos documentos que redige para o PT, sugere que esse desrespeito vá além e chegue à economia, especialmente à área financeira. Os nossos “liberais” de fachada, reduzidos à expressão intelectual mínima de uma mesa de operação do mercado, lucraram bastante com um Lula que não cumpre o que promete. Num eventual segundo mandato, talvez mereçam ter um pouco de prejuízo. E, quem sabe?, larguem mão de ser tão cúpidos quanto idiotas. Chegou a hora de Stédile ser corajoso e arrombar a porta de um banco. Invadir o laboratório da Aracruz é para covardes, companheiro!
No Globo de hoje. Globo este que continua não assumindo Reinaldo como colunista. Talvez por ideologia. Linha editorial. Ou medo.
me vejo sozinho
solto num vazio
e em volta um silencio
um tenebroso silencio frio
que penetra meus ouvidos
confunde os meus sentidos
vago nessa solidão
quase toco nas estrelas
que parecem ser um chão
as luzes não me cegam
posso ve-las
são milhares, são milhões
incontaveis
perco o controle da minhas sensações
que se misturam em medo e prazer
não vejo pessoas
são vultos
são muitos
flutuam
dançam
posso perceber sorrisos
gargalhadas
passam por mim
como se me atravessassem
consigo sentir
meus sentidos são novos
desconhecidos
de repente os vultos me cercam
parecem amigos
murmuram palavras confusas
abro os meus olhos devagar
é uma multidão
em volta da mesa
já consigo ver com clareza
reconheço o lugar
acho que vou vomitar
preciso parar de beber
Não resisti...Roubei dele
solto num vazio
e em volta um silencio
um tenebroso silencio frio
que penetra meus ouvidos
confunde os meus sentidos
vago nessa solidão
quase toco nas estrelas
que parecem ser um chão
as luzes não me cegam
posso ve-las
são milhares, são milhões
incontaveis
perco o controle da minhas sensações
que se misturam em medo e prazer
não vejo pessoas
são vultos
são muitos
flutuam
dançam
posso perceber sorrisos
gargalhadas
passam por mim
como se me atravessassem
consigo sentir
meus sentidos são novos
desconhecidos
de repente os vultos me cercam
parecem amigos
murmuram palavras confusas
abro os meus olhos devagar
é uma multidão
em volta da mesa
já consigo ver com clareza
reconheço o lugar
acho que vou vomitar
preciso parar de beber
Não resisti...Roubei dele
quarta-feira, março 08, 2006
Peito Vazio
Cartola
Nada consigo fazer quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração, sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto em meu peito um vazio
E faltando as tuas carícias
As noites são longas e eu sinto mais frio
Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Vou seguir os conselhos de amigos
E garanto que não beberei nunca mais
E com o tempo essa imensa saudade que sinto se esvai
Cartola
Nada consigo fazer quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração, sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto em meu peito um vazio
E faltando as tuas carícias
As noites são longas e eu sinto mais frio
Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Vou seguir os conselhos de amigos
E garanto que não beberei nunca mais
E com o tempo essa imensa saudade que sinto se esvai
terça-feira, março 07, 2006
fotografia
suposta cópia
do dia dia
falso sorriso
falsa alegria
mas no papel
o sentimento
não se fingia.
na branca luz
daquele dia
toda infelicidade
eu exibia.
suposta cópia
do dia dia
falso sorriso
falsa alegria
mas no papel
o sentimento
não se fingia.
na branca luz
daquele dia
toda infelicidade
eu exibia.
confusão
razão abalada
turva
tomado pela emoção
contradição
tentação
toda minha lógica
pelo chão
sentimento
envolvimento
distância
e solidão
paixão
tesão
admiração
e você longe do meu alcance
da minha mão
razão abalada
turva
tomado pela emoção
contradição
tentação
toda minha lógica
pelo chão
sentimento
envolvimento
distância
e solidão
paixão
tesão
admiração
e você longe do meu alcance
da minha mão
segunda-feira, março 06, 2006
É como se eu fosse o ASA e viesse jogar no Maracanã contra o Flamengo de 1981...No futebol pode tudo, mas até o tudo tem limite...
grande ou pequena
mas constante
quando grande sozinha
cintilante
refletindo a luz do outro
sem que ao outro atrapalhe
lua
perfeita amante
mas constante
quando grande sozinha
cintilante
refletindo a luz do outro
sem que ao outro atrapalhe
lua
perfeita amante
domingo, março 05, 2006
"A única maneira de você descrever verdadeiramente o ser humano é através das suas imperfeições. O ser humano perfeito é desinteressante. As imperfeições da vida é que são apreciáveis. Por esta razão que algumas pessoas têm dificuldade de amar a Deus; nele não há imperfeição alguma. Você pode sentir reverência, mas isso não é amor."
Texto constante no CD "O Chamado" de Marina Lima (que aliás é muito bom) e que tento fazer o lema do meu viver.
Texto constante no CD "O Chamado" de Marina Lima (que aliás é muito bom) e que tento fazer o lema do meu viver.
Ela tem um casal de esquilinhos
Fala com ursinhos
Tem pena dos bichinhos
Ela briga com São Longuinho
(se recusa a dar mais de 3 pulinhos)
Ela me acompanha nas saidas
mesmo que sejam em casa
fica bebada com um copo
mas nao para no primeiro
É uma das maiores figuras que conheco
E minha vida é inimaginavel sem sua presença constante...
Fala com ursinhos
Tem pena dos bichinhos
Ela briga com São Longuinho
(se recusa a dar mais de 3 pulinhos)
Ela me acompanha nas saidas
mesmo que sejam em casa
fica bebada com um copo
mas nao para no primeiro
É uma das maiores figuras que conheco
E minha vida é inimaginavel sem sua presença constante...