domingo, março 19, 2006

O seu abraço, entre tantos abraços. Em meio aos muitos sorrisos, o seu sorriso, com aquela leve mordida na ponta da língua, o singelo pronunciar de seu queixo, em movimentos coordenados, acompanhados do leve cerrar de seus olhos. Estes, cuja cor nunca reparei, tão mais marcantes são suas formas, não se definindo entre arredondado e esticado, numa clara miscigenação de povos e traços. Seus cabelos lisos e longos, que emanam o cheiro que, para os que não te conhecem como eu, é o seu cheiro, mas que não passa de lavanda. Sua boca, o sorriso sincero na essência. Suas curvas, tão harmoniosas que até o que em outra qualquer seria feio, em ti é perfeito. Mas acima de tudo, sua presença, simplesmente por eliminar o outro cenário possível: sua ausência.