domingo, janeiro 22, 2006

Ne Me Quite Pas
Edith Piaf

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
"Naquela noite descobri o prazer inverossímil de contemplar, sem as angústias do desejo e os estorvos do pudor, o corpo de uma mulher adormecida."
Gabriel Garcia Márquez, em Memória de minhas putas tristes.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Os sonhos fazem sentido. A vida faz sentido. Você faz todo sentido.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Mesmo tomando porrada de tudo quanto é lado, sendo agredida por Deus e o mundo, mesmo quando parece que nada tem mais jeito... o Rio vai e apronta a dele... um fim de semana simplesmente irrepreensível... dias absolutamente perfeitos... noites absurdamente lindas... vontade de pedir desculpas à cidade por todas as vezes que eu pensei em ir pra São Paulo, porque é lá que está meu grande mercado de trabalho... não tem dinheiro que pague isso... o Rio é maior até do que os cariocas (povinho cada vez mais mal educado, sejamos sinceros!!)!!

domingo, janeiro 15, 2006

É Isso Aí
Ana Carolina

É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Quando o nada vira tudo e todo o resto vira nada, então nada pode virar nada, já que nada é tudo e tudo não é nada.
O amor é colorido. A paixão, preto e branco.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

E só de saber que só amanhã eu vou saber o que eu acho que sabia mas fiquei na dúvida quando soube do resto...
The Blowers Daughter
Damien Rice

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new


Sabe quando você gosta de uma música por gostar? Quando não repara na letra e a melodia te dá justamente a sensação oposta do que está sendo dito?
A pretensão fatal

"Nossa civilização depende de uma extensa ordem de cooperação humana inapropriadamente chamada de capitalismo. Para entender essa civilização é preciso perceber que sua complexa ordem de cooperação social não resultou de projeto intencional. Emergiu de um processo espontâneo de adoção de práticas tradicionais e princípios morais que nem sempre agradavam aos indivíduos, cujo significado nem sempre compreendiam, mas que, entretanto, espalharam-se rapidamente por seleção evolucionária: aumento relativo da população e riqueza dos grupos que os adotaram. A adoção involuntária, relutante, mesmo dolorosa destas práticas é a faceta menos compreendida do progresso humano.”

A adoção “bem-sucedida” de práticas do capitalismo por recém-convertidos como a Rússia, a China e os países do Leste da Europa são um exemplo contemporâneo desta reflexão de Friedrich Von Hayek em “A pretensão fatal: os erros do socialismo” (1988). Joseph Schumpeter em seu clássico “Capitalismo, socialismo e democracia” (1942) havia previsto o inevitável colapso do capitalismo e a transição para o socialismo. Pois bem, meio século após a desastrada profecia, temos visto exatamente o inverso ocorrendo em escala planetária.

“Os socialistas desconsideram as práticas e princípios que tornaram possível a extensa ordem de cooperação voluntária da civilização ocidental. Assumem que podem desenhar regras alternativas de coordenação de esforços apelando a nossos instintos de solidariedade. Mas se a espécie humana deve sua própria existência a regras de conduta de eficácia comprovada, pode simplesmente não haver alternativas viáveis, sendo a opção entre a ordem de mercado e o socialismo uma questão de sobrevivência”, prossegue Hayek.

É compreensível que por solidariedade, por nossa identidade latino-americana, tenhamos simpatia e compreensão por figuras como Fidel, Chávez e Morales. Mas só a desonestidade intelectual, a ignorância econômica ou a cegueira ideológica poderiam atribuir ao surrado discurso socialista e populista que praticam qualquer esperança de um futuro melhor para seus povos.

Como alerta o historiador de Cambridge Orlando Figes em seu monumental “A tragédia de um povo: a revolução russa” (1996): “A revolução russa promoveu uma ampla experiência de engenharia social, talvez a maior da História da Humanidade. O velho mundo estava condenado e cabia ao socialismo, conforme os versos da Internacional, refazer o mundo. O teste resultou em completa tragédia”. Entretanto, apesar da evidência histórica, conclui Figes: “Não é certo que as sociedades civis emergentes adotarão modelos políticos ocidentais. O triunfalismo liberal democrata não tem razão de ser... caso a grande maioria do povo permaneça alienada ou excluída dos benefícios do capitalismo vitorioso.”

Paulo Guedes para O Globo.