quinta-feira, agosto 31, 2006

cada texto na sua hora
cada beijo em seu momento
cada pranto tem seu agora
cada tempo no seu tempo
O que menos escolhemos é o que mais nos controla. Ou: difícil é aceitar que nem sempre temos escolha.
Quanto vale o tempo e o verbo? Se as chances de que qualquer coisa real aconteça dependessem da estatística, tenderiam a zero. Se as escolhas fossem racionais, não seriam feitas. Tudo vale, tudo pode, mas o tempo é fundamental. O mesmo tempo.
e por acreditar demais no amor, foi para o mercado financeiro, sonhando em ficar rico antes dos 30.

quarta-feira, agosto 30, 2006


Faço sem pedir

segunda-feira, agosto 28, 2006

- Mas Gustavo, você está me falando de um jeito tão intenso que fazem os três dias parecerem três anos.
- Ledo engano. Três anos é pouco.
Benditas sejam as moças
Era uma coisa tão de pele que se amavam melhor no escuro, se vendo ambos pelo tato.
And although it is clear now, I still rather think of you as the girl in the other room. The one that pretended just for fun, calling me back and making me wonder. You acted as someone who thought was my owner. My luck is that you were mistaken.
I´ve never seen myself in your words
I´ve always thought of you as the special one
And as time went by
I found out I was wrong
I´ve made a fake you
So I could have someone to belong
For what is worth, you are worthy.

sábado, agosto 26, 2006

Cause money can´t buy me love!
(but can bring her to me..)

sexta-feira, agosto 25, 2006

That was easy. I have killed what you had unconsciously created.

quinta-feira, agosto 24, 2006

O sentimento supera a barreira que for, mas impõe distância a qualquer distância. Cem metros são o mesmo de mil quilômetros. Dá saudade intensa por igual.

quarta-feira, agosto 23, 2006


São Conrado num sábado nublado
it´s like a path that´s half way gone
it´s like a job that´s half way done
it´s the same trouble do get it over with
no matter if you finish it
or leave it alone

terça-feira, agosto 22, 2006

Deu no Globo:

— O PT errou. Aliás, companheiros do PT cometeram erros, mas não posso generalizar. Não é o PT inteiro que errou. Fidel Castro
escreveu que a História um dia o absolverá. Eu não vou precisar esperar pela História. O povo vai me absolver agora — disse Lula.

Esse cara vai ser reeleito. E os brasileiros perdem mais uma vez o direito de reclamar do destino, porque é isso que fazem quando tem o poder da escolha. Reelegem esse idiota.
quero você nua de qualquer coisa que te mostre menos
quero você e sua beleza crua

segunda-feira, agosto 21, 2006

Lembrado pelo jornal de hoje do aniversário de um dos maiores gênios da música brasileira, presto minha singela homenagem com a definição feita por Dorival Caymmi para o CD Aldir Blanc - 50 Anos e com uma de minhas músicas favoritas:

"Aldir Blanc é compositor carioca. É poeta da vida, do amor, da cidade. É aquele que sabe como ninguém retratar o fato e o sonho. Traduz a malícia, a graça e a malandragem. (...) Estamos falando do Ourives do Palavreado. Estamos falando de poesia verdadeira. Todo mundo é carioca, mas Aldir Blanc é carioca mesmo."


Maçã Tatuada
Aldir Blanc e Moacyr Luz

Numa esquina de Copa ficava parada,
alvejada pelas setas do vício,
e o início tinha sido divino:
um amante latino...
Sua boca vermelha, a maçã tatuada
sobre o ombro (a sombra de veludo),
a pele onde um homem que é nada
pensa que é capaz de tudo.
Entre o ouro e a miçanga ofegava a audácia,
entre a joalheria e a farmácia,
entre ser a nova estrela da Banda
e uma filha de Umbanda...
Toda vez que as pestanas castanhas batiam,
o olhar trocava mil slides:
na praia, na lambada,
com a amiga que já faleceu de Aids...
e na bolsa, quando ia ao toalette,
a gilete, o sempre-livre,
e o chiclete importado,
o velho exemplar do despertar de algum mago...
o apelido que não posso esquecer:
a Jezebel da Duvivier,
saiu assasinada na manchete,
entre a greve e os motins urbanos,
chamava-se Moema, era morena,
e tinha apenas treze anos.
Hoje deve ser a noite mais fria do ano. Minha janela já está aberta e eu, esperando.

Uma das surpresas da semana.
Como são boas as pequenas coisas da vida.
O telefonema inesperado só para dizer oi. O bilhete com bom dia colado no espelho do banheiro. O café pronto. Uma bobagem comprada na volta pra casa. Uma frase bonita. Uma foto antiga. Trocar o acordar com despertador pelo beijo de bom dia.

domingo, agosto 20, 2006

Foi então a última vez que amei. Cegamente amei. A cada minuto amei. As diferenças, que poucas não eram, só depois reparei. As aventuras outras que deixei de viver, com estas nunca me preocupei. Quando então acabou o amor, acabei eu.

Rua São Clemente - Botafogo
Pode em minhas fotos e textos perceber mais de um eu. Não pode, porém, nas coisas minhas não ver ninguém.
anseio a ânsia dos bons
anseio amores pagãos
anseio de corpo aberto
anseio você por perto
Pequeno prazer constante e estimulante: clicar em "criar" para postar.

Unfeasible


Pedra da Gávea

Sometimes you have no choice but to simply believe.
"Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem…"

A. Calcanhoto - Senhas

sábado, agosto 19, 2006

O vinho e as mulheres
(pelo paladar e não pelo degustar)

O branco - Insegura. Inconstante. Mal amada. Ou até, como dizia Antônio Maria, mal-viajada.
O tinto - Honesta. Consciente. Coerente. Boa ou má, mas verdadeira.
O espumante - Prepotente. Metida. Acima de tudo, delicada.
É o tiro de misericórdia. O último recurso. Previsível. Possível. Mas nem sempre necessário. É como se tivesse morrido mais uma vez (e de amor, de fato afirmo, já o morri). É a última refeição do condenado à morte. É o grito final do decapitado, que jura inocência, já com a cabeça separada do corpo.
As nuvens podem fazer desaparecer as maiores montanhas.

sexta-feira, agosto 18, 2006


Cinema do Paço Imperial
quanto mais te aproximas
mas eu me afasto
quando queres fugir
mais eu te acho
Só o verdadeiro amor pode ser cruel sem ser mau.
Esse frio que ameaça, o fim de semana que se aproxima... não podia combinação melhor..

quarta-feira, agosto 16, 2006


Paço Imperial
quem sabe, o inesperado traga uma surpresa...

feliz ao extremo!!!
Se não for para precisar, eu não preciso.

terça-feira, agosto 15, 2006


Paço Imperial
palavras encontram
beijos descobrem
olhares confessam
abraços despertam

Peguei dele e misturei tudo.

Business Lunch

Mochila nas costas, Ipod nas alturas, cabelos descoloridos, diversos piercings, prato natureba e fingindo-se alheia. Olhar falso desatento, quando na verdade, está prestando extrema atenção em tudo a sua volta. Possivelmente fará textos, poemas ou música do que vê. Se inspirada nos personagens reais cuidadosamente estudados durante o almoço, provavelmente será um escrito melancólico ou bizarro. Porque espremendo o que não se vê a primeira vista, é o que fica daquele lugar. Certamente será genial.
Filosofia do jogador: Só ganha na mega-sena quem joga.

Corolário: quem joga em mais números tem mais chances de ganhar.

domingo, agosto 13, 2006


Cinema do Paço Imperial. Dos que eu conheço, o mais charmoso cinema do Rio.

sábado, agosto 12, 2006

"O homem só tem duas missões importantes: amar e escrever à máquina. Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira."
Crônica Café com Leite, do mais que genial Antônio Maria, em "Seja feliz e faça os outros felizes - Crônicas de humor de Antônio Maria", organizado por Joaquim Ferreira dos Santos.
Gosto de destruir o que minha cria cria. Gosto do que quando destruído, recria.
Os créditos do filme começam e ninguém levanta (ninguém mesmo). Estavam todos esperando alguma surpresa ou algo que encerrasse a história. Nada. As pessoas só começam a se levantar quando acabam os créditos todos. Aconteceu hoje quando fui assistir a Cache.

Mandei a Alerj para onde provavelmente todo o Rio quer...

sexta-feira, agosto 11, 2006


Cantinho da sala de casa

quinta-feira, agosto 10, 2006


Washington Square Garden - NY
Alguém me disse que ontem foi a lua mais clara do ano inteiro, o que não sei confirmar. Mas para quem não viu a lua na enseada de Botafogo, ao lado do Morro da Urca, ainda dá tempo de ver de novo no fim de semana. Indescritível.
Every Time We Say Goodbye
Cole Porter

Every time we say goodbye
I die a little
Every time we say goodbye
I wonder why a little
Why the Godss above me
Who must be in the know
Think so little to me
They allow you to go

When you're near
there's such an air
of Spring about it
I can hear a lark somewhere
begin to sing about it
Theres no love song finer
But how strange the change
From major to minor Every time we say goodbye

terça-feira, agosto 08, 2006


Self Portrait #1


Daquelas coisas surpreendentemente boas da vida.
Washington Square Garden, NY

domingo, agosto 06, 2006

Madrigal Melancólico

O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.

A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, Tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é sua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como teu próprio pensamento.
Graça que perturba e satisfaz.

O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.

O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem tua pureza. Nem tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.

Manuel Bandeira
I´m quitting my job and I´m moving to Napa Valley.

Amanhecer na Barra
Lágrimas Sofridas
Los Hermanos (Marcelo Camelo)

Oh, minha menina bonitinha, eu te dei
Todo meu carinho, meu anjinho, eu te dei
Verdes campos, flores amarelas furta cor
Dei a primavera, os sete mares, meu amor
Lágrimas sofridas e feridas do meu peito
Dei minha palavra, minha honra, meu respeito
Todas as verdades e olhares que podia
Levo com a coragem que você me respondia
Oh, minha menina bonitinha, eu te dei
Vida de princesa, realeza, eu te dei
No meu ombro afago preocupado de um amigo
Jóia, casa, carro, seu sapato, seu vestido
Pra você, princesa, dediquei a minha vida
Levo nesse amor o seu odor e uma ferida
Apesar de tudo, minha linda, não te odeio
Mas sem tua boca, encaro a morte sem receio
Dei pra ti as estrelas, os peixinhos e as aves
Todas as montanhas das escalas dei-as quase
Todas as canções que eu fiz, eu fiz pra ti, princesa
Tudo de mais belo que encontrei na natureza.

sábado, agosto 05, 2006


O coqueiro e o sol - Praia Vermelha - Agosto 2006
Foi em meio àquela gente toda reunida por motivo que não mais me vem à mente que te vi pela primeira vez. Tinha diversas outras para olhar, diversas você para reparar. Mas foi no cadarço de seu tênis direito que primeiro reparei. Desamarrado. Como quase sempre ficara e, só saberia depois, quase sempre estaria. Você não prestava muita atenção ao amarrar os cadarços, eu perceberia mais tarde. Então estava eu sentado, olhando em meio a tantos outros pés calçados, o seu: o do cadarço desamarrado. Não tinha visto ainda mais nada em você. Não era capaz de te reconhecer senão pelos tênis. Foi então que, contrariando meu jeito, te chamei pra dançar, não sem antes amarrar seu cadarço. Aventuramos-nos então àquela música que tocava e dançamos nosso primeiro samba juntos. Em meio às sensações despertas pela proximidade, continuamos a rodar, até que escutávamos somente uma outra música, só nossa. Da dança para o beijo, ou para o beijo na dança, não se demorou muito. E este trouxe o que eu já sabia mesmo antes de conhecer. Sabia existir, mas não conhecia. Demos início (acho até que foi o início que se deu em nós, de tão inevitável que pareceu) então à seqüência que até hoje me completa, de tênis com cadarços desamarrados e sambas a dois dançados. E hoje, te conhecendo por inteira, ainda reparo em seus pés, como da vez primeira.

Praia Vermelha - Agosto 2006

Sometimes the journey has to be made by yourself. You ought to enjoy it anyway.

sexta-feira, agosto 04, 2006

gosto mais do que posso
gosto mais do que peço
gosto, em excesso

gasto mais do que posso
gasto mais do que peço
gasto, me despeço
Passeio aleatório
combinação
ou coincidência

poema sincero
emoção
ou prepotência

quinta-feira, agosto 03, 2006

Como diria meu professor de economia: the stick and the carrot policy.
Das alegrias da vida: a vã filosofia.
A política no Brasil é uma grande piada de mau gosto.

quarta-feira, agosto 02, 2006


A beleza está nos detalhes. A beleza está nos entalhes.
tomei a liberdade de te prender
darei-te a liberdade de me querer
tomei a liberdade de ti
tomei-te
e deixei-te ir

a liberdade nem sempre é uma benção.
A vida é engraçada... E que assim seja sempre...
i give up
i surrender
come on over
love me tender

terça-feira, agosto 01, 2006


Só queria um veleiro, esse mar e ela... e talvez uma música para acompanhar...
Isso aqui está parecendo um fotolog!!