quarta-feira, maio 18, 2005

Era um dia mais ou menos bonito, mais ou menos feio. Nem calor nem frio, nem sol nem chuva. Havia acordado na hora de sempre, pegado o ônibus de sempre. Almoço no restaurante onde tudo é mais ou menos: ambiente, comida e preço. Esperando o ônibus de volta, mais ou menos na hora de sempre, reparo nela parada ao meu lado. Não era linda. Feia também não. Cabelo entre o curto e longo. Parecia advogada ou administradora, simplesmente porque não parecia nada. Tentei conversar falando do tempo. Funcionou. Passamos a outros assuntos rasos e cotidianos. Seu ônibus chegou. Anotei seu telefone e nunca liguei. Era tudo mais ou menos demais. E o mais ou menos, com sua banalidade, me é pior que o menos.