sexta-feira, maio 27, 2005

Todo meu querer, minha vontade de viver você tirou. Com requintes de crueldade, cada pouco de alegria você sugou. Não deixou nada. Nada ficou. Perambulo pela noite agora, sem saber quem sou, sem me importar pra onde vou. Mesmo sem querer me acompanha por onde estou. Nem um minuto meu me restou. Respirando sem tentar, comendo sem gostar, tentando me libertar todo dia vou.

Nada quis. Não me quis. Sem querer, tudo me tomou.

Pra piorar, para me acabar, nenhum momento ruim. Apenas, de repente: fim.