domingo, novembro 06, 2005

Deve ter visto quando passava. A porta entreaberta que havia deixado (ou deixei eu?). Não hesitou um minuto sequer. Com força, jeito, talvez até raiva, chutou, empurrou. Forçou e abriu. Riu, viu, falou, gostou. Sem se dar conta, sem se importar (ou achando talvez que não importava - ledo engano) brincou e trouxe de volta minha esperança, que havia muito já estava jogada num canto, marginal à minha vida. Sem aviso, saiu. As luzes permaneceram acesas. A porta, arreganhada. Todo rebuliço, toda esperança de volta. Para nada.