Era uma casa antiga, com janelões de madeira pesados. Estavam sempre abertos no começo, deixando entrar de fora sons e luzes. E quando vinha a tempestade e seus ventos fortes, batiam as madeiras umas contra as outras, em movimentos bruscos e barulhentos. Amedrontadores e confortantes (a valorização da segurança oferecida pela casa). A chuva que passava entre as batidas das janelas molhava o chão da casa. Mas nada que o sol do outro dia não secasse. As janelas continuavam sempre abertas. Até que um dia, não se sabe se de sol ou chuva, elas emperraram fechadas. E assim ficaram, sem que ninguém pudesse consertar. Se faltou empenho ou vontade, não se pode afirmar, mas as janelas não se abriam mais. Até que numa noite de céu estrelado, uma brisa muito leve soprou abertas as janelas, trazendo as infinitas luzes da noite para dentro da casa, junto com a brisa. E o sol do dia seguinte saudava o chão da sala, enquanto as madeiras do assoalho, como se espreguiçando ou mostrando a alegria de volta, estalavam.
domingo, julho 09, 2006
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